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As crises do petróleo das décadas de 1970 e 1980 trouxeram consequências negativas para as indústrias mundiais que, devido à aplicação do Taylorismo e do Fordismo, produziam em grandes quantidades e tinham produtos em estoque. Com as crises econômicas, o poder de compra das pessoas diminuiu e os produtos ficaram encalhados nos estoques das fábricas, agravando a situação delas.
Buscando resolver esse problema, as indústrias buscaram seguir um modelo de organização do trabalho e da produção implementado desde a década de 1950 na Toyota Motor Company, no Japão. Esse modelo foi elaborado pelo engenheiro chamado Taiichi Ohno (Japão, 1912 a 1990).
Fonte da imagem: Portal Honsha O toyotismo baseia-se na flexibilidade da produção, na fábrica enxuta e no sistema just in time. Rompendo com a lógica da produção em série, produz-se quase que por encomenda bens mais personalizados. Desse modo, a fábrica passou a ser ocupada apenas pela produção demandada no momento e a matéria prima passou a ser comprada para o atendimento dessa demanda. A robotização e a informatização da produção industrial também tiveram início com o toyotismo.
Quanto à organização do trabalho, o toyotismo baseia-se na ideia do trabalhador polivalente ou multifuncional, ou seja, do trabalhador que realiza mais de uma tarefa no sistema produtivo. Além disso, há no toyotismo a descentralização e a aproximação entre os níveis hierárquicos, gerando o aumento da autonomia dos trabalhadores e da vigilância entre eles. Por fim, o modelo valoriza o trabalho em equipe, por meio do estabelecimento das ilhas de produção, na qual os operários trabalham juntos desempenhando várias tarefas ao mesmo tempo, e a competição entre os trabalhadores, visando o aumento da produtividade.
Uma das características do toyotismo é a implementação da terceirização. No fordismo, só trabalhavam nas fábricas seus próprios funcionários. A Toyota e as indústrias que passaram a adotar seu modelo começaram a contratar funcionários de outras empresas que fornecem mão de obra terceirizada. Isso diminui o sentimento de pertencimento do trabalhador à empresa, gera insegurança no trabalho e enfraquece as atividades sindicais, já que os trabalhadores, ao verem que sua situação é mais instável, evitam desafiar as empresas em que trabalham ao participar de sindicatos, com medo de perder o emprego.
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